O mundo anda tenso.
Economias instáveis, discursos cada vez mais polarizados.
E no meio disso, ainda estamos absorvendo notícias e perspectivas nada agradáveis sobre a taxação em 50% à entrada de produtos brasileiros nos EUA.
É o tipo de evento que parece distante da realidade de um projeto cultural em Arraial do Cabo. Mas não é.
A cultura não se move sozinha.
Ela precisa de insumos, incentivos, políticas.
Mas precisa também de confiança.
De parcerias. De apoio institucional.
De empresas e pessoas que estejam dispostas a apostar no futuro.
Quando o cenário econômico internacional se fecha,
muitas dessas apostas viram receio.
Os riscos aumentam, os patrocínios minguam, os projetos travam.
Mas o mais grave nem sempre está no corte de verbas.
Está no corte de visão.
Quando a economia vira um campo de batalha, a cultura vira alvo fácil.
É tachada de supérflua. De secundária. De adiável.
E o que deveria ser o oxigênio de uma sociedade,
acaba sufocado pela lógica da sobrevivência.
Mas é justamente nesses momentos que ela se torna ainda mais essencial.
Para os investidores, empresários e apoiadores que ainda acreditam nisso:
o cenário pede coragem. Mas também inteligência.
Apoiar cultura é investir em valor que resiste ao tempo.
É estar presente onde o Estado falha.
É se fazer lembrar não pela ostentação, mas pela contribuição.
Porque mesmo quando o mercado balança, a cultura precisa continuar de pé.