O mundo anda tenso.
Economias instáveis, discursos cada vez mais polarizados.
E no meio disso, ainda estamos absorvendo notícias e perspectivas nada agradáveis sobre a taxação em 50% à entrada de produtos brasileiros nos EUA.

É o tipo de evento que parece distante da realidade de um projeto cultural em Arraial do Cabo. Mas não é.

A cultura não se move sozinha.
Ela precisa de insumos, incentivos, políticas.
Mas precisa também de confiança.
De parcerias. De apoio institucional.
De empresas e pessoas que estejam dispostas a apostar no futuro.

Quando o cenário econômico internacional se fecha,
muitas dessas apostas viram receio.
Os riscos aumentam, os patrocínios minguam, os projetos travam.

Mas o mais grave nem sempre está no corte de verbas.
Está no corte de visão.

Quando a economia vira um campo de batalha, a cultura vira alvo fácil.
É tachada de supérflua. De secundária. De adiável.

E o que deveria ser o oxigênio de uma sociedade,
acaba sufocado pela lógica da sobrevivência.

Mas é justamente nesses momentos que ela se torna ainda mais essencial.

Para os investidores, empresários e apoiadores que ainda acreditam nisso:
o cenário pede coragem. Mas também inteligência.

Apoiar cultura é investir em valor que resiste ao tempo.
É estar presente onde o Estado falha.
É se fazer lembrar não pela ostentação, mas pela contribuição.

Porque mesmo quando o mercado balança, a cultura precisa continuar de pé.

Por César Falcão — @cesarversoecopy, para o blog da BARCCO.
Onde o verso encontra o ofício. E a palavra vira ponte.
Arraial do Cabo – RJ | 2025

Quando a cultura também paga o preço: o que as barreiras econômicas nos ensinam

Facebook
X
LinkedIn
WhatsApp
Pinterest
Email