Nem toda transformação começa com um grande edital.
Às vezes, basta um quintal.
Uma garagem vazia.
É assim que surgem os espaços culturais autogeridos:
lugares construídos por quem acredita que cultura também é ferramenta, ponte e afeto.
Mas o que é um espaço autogerido?
É aquele que nasce da comunidade.
Sem depender exclusivamente do poder público ou de grandes instituições.
Geralmente, é tocado por artistas, moradores, educadores e sonhadores.
Gente que cuida, decide e faz.
A programação, o uso do espaço, as oficinas, o café na entrada: tudo é coletivo.
Tudo é pensado junto.
E por que isso importa?
Porque onde o poder não chega, a cultura pode alcançar.
Porque cultura não é só espetáculo.
É presença, identidade, espaço seguro.
E quando esses espaços florescem, crianças encontram caminho,
jovens descobrem voz, comunidades ganham espelho e chão.
Em Arraial do Cabo, a Barcco também nasce com esse espírito.
Com os pés fincados na terra, mas os olhos no possível.
Aberta à colaboração, ao coletivo e à cultura que se faz com as mãos.
Porque o futuro não se impõe.
Se constrói.
Junto.