Você talvez lembre de Fuga das Galinhas como uma animação divertida sobre aves tentando escapar de uma granja. Mas, para quem ama o cinema, esse filme é também um manifesto silencioso sobre o que significa produzir arte.

 

Cinema é detalhe, tempo e gente

Produzido em stop motion, a técnica em que cada pequeno movimento precisa ser fotografado quadro a quadro, o filme levou quase cinco anos para ser finalizado.

Um piscar de olhos que dura meio segundo na tela pode levar horas para ser registrado. Foram quase trezentas pessoas envolvidas nos bastidores, dando vida a uma história que, à primeira vista, parecia simples.

É aí que mora a primeira grande lição: cinema não é só câmera. É paciência. É processo. É coletivo.

Em um mundo acelerado, o cinema nos ensina a respeitar o processo. É assim também com a cultura. É assim com o desenvolvimento de uma comunidade.

 

Arraial do Cabo tem histórias que o mundo precisa ouvir

Aqui na BARCCO, a gente olha para Fuga das Galinhas e vê mais do que uma animação. Vê um lembrete de que toda história bem contada tem o poder de tocar, transformar e libertar.

No fim das contas, Fuga das Galinhas é sobre isso: uma história de liberdade. Sobre não se conformar com o destino imposto. Sobre união.

E pode acreditar, nós temos muitas histórias esperando para ganhar voz.

São pescadores, rendeiras, crianças e jovens, que sonham e carregam no olhar um filme inteiro ainda por contar. E que, com uma câmera na mão, podem reescrever o próprio caminho.

 

Investir em produção local é investir em futuro

Então, quando você olhar para a BARCCO, não veja só uma ONG. Veja uma ponte entre o talento e a oportunidade. Um sopro de incentivo onde, muitas vezes, só havia silêncio.

E é por isso que estamos formando jovens, capacitando pessoas e abrindo caminhos para o audiovisual na cidade.

Mas nenhuma boa história acontece sozinha.

Para que tudo isso aconteça, é preciso estrutura, tempo e, acima de tudo, apoio.

Apoio de quem entende que cultura não é custo — é construção de futuro.

Se você chegou até aqui, talvez seja porque, de algum modo, essa ideia também bateu no seu peito. Se for o caso, vamos conversar.

Porque toda boa história começa com um “sim”.

Por César Falcão — @cesarversoecopy, para o blog da BARCCO.
Onde o verso encontra o ofício. E a palavra vira ponte.
Arraial do Cabo – RJ | 2025

Frame por frame, sonho por sonho

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